Pensar à rica

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CULTURA DO ABACATE


O abacateiro, pertencente à família Lauraceae, é uma frutífera de porte arbóreo, originária das regiões altas e baixas do México e América Central. Devido à sua origem adapta-se muito bem ao clima subtropical, principalmente os cultivares e híbridos das raças mexicana e guatemalense.
Suas flores, embora hermafroditas, apresentam protoginia, pelo que os cultivares são classificados nos grupos A e B. Por essa razão, para assegurar efetiva polinização, recomenda-se o interplantio de cultivares de ambos os grupos. O fruto é rico em proteínas (1 a 3%) e vitaminas A e B e encerra quantidade variável de óleo na polpa (5 a 35%), na maioria ácidos graxos insaturados (60 a 84%), de grande utilização nas indústrias farmacêuticas e de cosmético, com possibilidade de emprego na culinária, sozinho, ou em mistura com o azeite de oliva. Das folhas dos cultivares da raça mexicana e híbridos, que exalam odor de aniz quando maceradas, pode-se extrair óleo essencial, com alto teor de metil chavicol, utilizado na aromatização de alimentos.


CLIMA E SOLO

Devido à origem de suas espécies botânicas ou raças hortícolas, tem ampla adaptação climática. A antilhana, a guatemalense e a mexicana são, pela ordem, as raças mais adaptadas a clima mais quentes e mais frios, desenvolvendo-se desde regiões ao nível do mar até mais de 2.000m de altitude. Em regiões quentes, com a antecipação da colheita, o ciclo florescimento-maturação dos frutos é encurtado, e em regiões frias, este ciclo é mais dilatado, ocorrendo um atraso na colheita. Este fato é de fundamental importância no planejamento dos pomares quanto à escolha dos cultivares, recomendando-se, para as regiões quentes, os cultivares precoces e para regiões frias os de meia-estação e tardios. A precipitação de 1.300mm anuais é um índice satisfatório para o bom desenvolvimento das plantas, desde que bem distribuída. Os solos devem ser profundos, bem drenados e sem camadas de impedimento, evitando-se aqueles sujeitos ao encharcamento.


PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO

Plantio em nível, capinas em ruas alternadas, com a utilização de cobertura vegetal nas entrelinhas, mantendo-a rasteira no período chuvoso através de roçadeira ou uso de herbicidas em faixas. Em terrenos com declividade acima de 6% associar terraceamento, de acordo com o manejo e tipo de solo, ou utilizar patamares ou banquetas.


PROPAGAÇÃO

As mudas são formadas por enxertia do tipo garfagem no topo em fenda cheia, usualmente em porta-enxertos da raça antilhana. Para pomares instalados em regiões sujeitas a geadas, é recomendável a formação das mudas em porta-enxertos mexicanos ou guatemalenses. As sementes retiradas dos frutos colhidos da planta são postas a germinar em canteiros de areia grossa e logo após sua germinação os porta-enxertos são repicados para sacos plásticos e colocados em ripados à meia-sombra, onde são enxertados quando alcançarem o diâmetro de um lápis. Após a enxertia são mantidos por 30 dias no ripado, e depois, aclimatados ao sol para posterior plantio no campo. É imprescindível o tratamento do solo dos recipientes.


PLANTIO

No período das chuvas ou, fora dele, com irrigação. Evitar a quebra do torrão; proteger do sol o tronco da muda na região de enxertia. Irrigar a muda até o seu pegamento. Plantio alto com o torrão 5cm acima do nível do solo.


ESPAÇAMENTO

10 x 10m a 10 x 5m.


MUDAS NECESSÁRIAS

100 a 200/hectare.



DIMENSÃO DAS COVAS

40 x 40 x 40cm.

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